Surgiram com a Revolução Francesa os conceitos de direita e esquerda, liberais e conservadores, e eles representam ideias políticas diferentes dependendo do país que você está. Quando surgiu o marxismo, ele era tão mais à esquerda que liberais e conservadores que bagunçou todo o eixo ideológico! Mas o mundo não começou em 1848, e existe toda uma diversidade de ideias. No Brasil isso é uma confusão maior ainda! Agora que definimos os políticos fisiológicos do centrão, vamos conhecer a fundo as correntes ideológicas da direita e da esquerda brasileiras.
A Esquerda Brasileira
Os comunistas malvados que querem comer suas criancinhas, invadir igrejas e fazer a ditadura da Ursal chegaram!! Ok… brincadeiras à parte, é essa a imagem que muitos de seus oponentes têm sobre a esquerda, vendo o PT como o seu líder e o inferno na Terra. Indo mais fundo, porém, vê-se que muitos deles odeiam o PT, e só votam nele porque o marketing petista de “abandone seus princípios pois eu sou o único que consegue ser eleito para te salvar” é bem forte por aqui.
Como um todo, há quatro grandes vertentes de esquerda no Brasil. Elas são muito diferentes entre si, e pintar todos eles de comunistas é uma simplificação infantil. Vamos conhecer melhor essas 4?
Esquerda Marxista
São os mais fiéis às ideias de Marx, mas se separam nas diferentes interpretações. Por isso, é a vertente que tem mais subgrupos: desde os radicais do PCO até os mais brandos do PSOL, passando pelo PCB e pelo PCdoB. Vamos ver as suas 4 vertentes?
- Leninista: O Leninismo engloba a ideia da revolução internacional do proletariado, a queda da burguesia, e um partido intervindo com planejamento central em todos os espaços de discussão e todas as instâncias da sociedade.
- Stalinista: Acreditam que a revolução socialista pode terminar quando concluída dentro de um país, que será dominado por um grande líder escolhido pelo povo ao invés dos comitês trabalhistas. O livro 1984 foi uma crítica de Orwell ao stalinismo, cujo poder centralizado no grande líder (ou irmão) é inquestionável. Os inimigos do regime devem ser executados.
- Trotskista: Acreditam que a burguesia deve ser destruída em todos os países para que o socialismo seja alcançado. Eles também acreditam que o poder não pode ficar na mão do partido e de seu dirigente, mas tem que ser distribuído entre os trabalhadores. Tem uma richa fortíssima com os stalinistas, e o ódio é mútuo entre essas duas vertentes.
- Ecosocialista: Essa vertente acredita que o capitalismo é a causa da pobreza e da degradação ambiental, advogando que o Estado deve intervir para fomentar justiça laboral, para promover uma sociedade menos desigual e para proteger o meio ambiente. Possui alguns quadros no PSOL.
Esquerda Anarquista
Eles defendem o fim do Estado e do capitalismo sem passar pelo estágio do socialismo (o famoso “ok, vocês nos salvaram do capitalismo, mas quem nos salva de vocês?”). Também tem várias vertentes, mas nem todas são tão levadas a sério no debate público (vide os anarcoprimitivistas). Vertentes mais famosas incluem o anarco-sindicalista e o anarco-cooperativista. Os mais organizados tentam criar coletivos e cooperativas para substituir empresas e órgãos estatais, e atualmente também podem focar em gênero, raça, sexualidade, não monogamia, neuro divergência e qualquer categoria que saia da norma padrão da sociedade.
No início do século XX, foram um grupo de esquerda poderoso no Brasil (a exemplo da greve geral de São Paulo em 1917, uma greve tão grande que até hoje tem pessoas de esquerda vendo na greve geral a solução para mudar o Brasil) mas foram reprimidos por Getúlio Vargas quando ele exilou seus líderes e absorveu os sindicatos (focos de anarquistas) para dentro do Estado.
Por definição, não existem políticos anarquistas. Você pode encontrar este grupo em cooperativas e sindicatos.
Esquerda Liberal
Essa esquerda é formada por pessoas com raízes liberais e também tem raízes na esquerda. Geralmente se identificam com a evolução histórica dos direitos humanos e da democracia, que precisou sair do liberalismo clássico e acompanhar as necessidades humanas no sentido de defesa de direitos sociais e do conceito de cidadania, sem necessariamente abolir o capitalismo. A exemplo de Marcelo Freixo e Tábata Amaral, podem ser encontrados atualmente no PSB.
São a favor da responsabilidade fiscal ao mesmo tempo que defendem medidas de redução de desigualdades que sejam estruturais e que impeçam a liberdade de algum setor da sociedade. Pense numa pessoa de esquerda que se identifica assim por não se identificar com a direita, que gosta de direitos humanos e democracia, e que se vê na luta por igualdade e direitos civis de Martin Luther King ao invés da luta de classes marxista. A esquerda identitária (woke) é um subgrupo surgido a partir da esquerda liberal americana.
Esquerda Trabalhista
A esquerda herdeira do Varguismo. São nacional desenvolvimentistas, antiliberais e anti revolucionários. Defensores da CLT, acreditam na luta do trabalhador e na opressão de classe mais do que em opressões de gênero.
Foi bem forte em meados do século XX, com grandes nomes como João Goulart, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola marcando a história de nosso país. Responsável por avanços na educação pública e defensores das “reformas de base” dos anos 60. Se a esquerda revolucionária e o anarquismo eram os grandes nomes da esquerda brasileira pré Vargas, a esquerda trabalhista foi o grande nome da república populista. Atualmente, são representados pelo PDT.
Bonus: Social Democracia
Pera… oi? Como assim o PSDB de esquerda? Ficou maluco?
Fiquei não. Como já discutido num texto anterior, o PSDB tem suas raízes na esquerda internacional, e é considerado de direita no Brasil apenas por contraste com o resto da nossa esquerda. (Janela de Overton, sabe… na Europa ocidental, os social-democratas são a maioria da esquerda).
Como que isso aconteceu? Bem…os social-democratas que dominaram a Europa dos anos 1960 e 1970 acreditavam no socialismo de Marx, mas negavam a revolução como um caminho. Para eles, o socialismo seria construído pacífica e gradualmente ao longo de gerações, por meio de socialistas eleitos democraticamente implementando-o.
Como vários outros modelos socialistas, a social-democracia não deu certo, e foi a sua crise que abriu espaço para o neoliberalismo de Ronald Reagan e Margaret Thatcher. Encurralada, a social-democracia precisava mudar para conseguir sobreviver, e então adotou partes do discurso neoliberal de seus oponentes para formar a social democracia de terceira via (sim. O nome vem daí, assim como aquele discurso de “será que não podemos achar um meio termo entre a direita e à esquerda?”). O socialismo foi deixado de lado como meta final, substituído por um estado de bem estar social cada vez maior. Destes social democratas, nomes como Bill Clinton e Tony Blair atuaram diretamente no Brasil junto de Fernando Henrique Cardoso para criar um partido fiel a estes novos ideais de esquerda, o PSDB.
Apesar de o PT originalmente ser uma esquerda bolivariana/leninista, chegar ao poder como sucessor de FHC fez com que gradualmente se tornasse um partido social democrata. O PSDB, por sua vez, respondeu a isso dando uma guinada à direita para se fazer oposição ao PT.
Vale a curiosidade, porém, que este modelo original de social-democracia teve um ressurgimento nos Estados Unidos devido a Bernie Sanders, e é a corrente política agora chamada de “socialismo democrático”.
Bora resumir tudo isso? Vendo a esquerda como um todo, temos o diagrama abaixo. Bora ver a direita?
A Direita Brasileira: Conservadorismo
Lá vem os ricos fascistas da direita xucra para estabelecer a teocracia e destruir o SUS para os pobres morrerem de fome ao invés de pegar avião! Ok…brincadeiras à parte, essa é a visão que muitos opositores têm sobre a direita. Assim como ocorre com a esquerda, a direita também tem muitas nuances que vão além de meros clichês.. Com sua tradição conservadora perdida em 1889, com a extinção do partido conservador, e a tradição liberal perdida em 1930, sob a forte repressão de Vargas, a direita é muito menos coesa ideologicamente, como visto em meu texto “porque a direita brasileira não tem cultura”. É daí que surge o nosso primeiro grupo político à direita:
Reacionários
São o grupo estereótipo da esquerda sobre a direita, e é onde você coloca o gado bolsonarista, viúvas da ditadura, fundamentalistas religiosos, tradicionalistas, a galera dos direitos humanos para humanos direitos, moral e bons costumes, Deus Vult, etc. O reacionário defende que a tradição tem de ser preservada mesmo quando está gritantemente errada, sem nem saber porque defende ou é contra algo.
Assim como um revolucionário, ele acredita que o sistema está quebrado e a única solução é destruir tudo. A diferença é que o revolucionário faz isso buscando atingir um futuro utópico, enquanto o reacionário quer restaurar um passado utópico. Note como é algo bem sem lado e que depende muito do país e do momento. Um reacionário brasileiro quer a volta da ditadura militar ou da monarquia, enquanto um reacionário russo quer a volta do comunismo.
Conservador brasileiro
Não existiam conservadores no Brasil até muito pouco tempo. Essa frase parece absurda de início, mas deixa eu te explicar: o Brasil tem sim muita gente tradicional e a favor de manter os costumes, mas não havia no Brasil nenhum autor relevante dando base literária para essas pessoas da geração atual. Elas sabiam que não queriam marxismo, mas não sabiam o que propor no lugar dele.
Com essa carência literária, quem surgia para se opor à esquerda eram só os reacionários (sim. O problema era literalmente um “vai estudar”). Carlos Andreazza, o editor chefe da editora Record, notou em 2012 que havia essa demanda reprimida por literatura de direita quando um livro reunindo os artigos que o Reinaldo Azevedo fazia para jornal fez enorme sucesso, e foi a partir dai que a editora Record passou a publicar esses livros em massa no Brasil: Edmund Burke, Roger Scruton, Russel Kirk, Olavo de Carvalho (infelizmente), dentre outros. Com isso, surgiram no Brasil duas grandes vertentes de conservadorismo: o conservadorismo liberal e o olavismo.
Conservadores Liberais
“Liberal na economia, mas conservador nos costumes”. Você já ouviu isso por aí e achou estranho? Vou explicar: o Pondé cunhou essa frase para descrever o conservadorismo do ponto de vista inglês, e, portanto, quem diz isso se considera um conservador inglês. Como a Inglaterra é o berço do capitalismo, o conservadorismo deles é mais liberal na economia do que o nosso. Esse conservadorismo tem ampla literatura e surgiu após a Revolução Francesa com Edmund Burke. Burke viu como a revolução francesa resultou em milhares de mortes e terminou com a volta da monarquia em Napoleão. Neste contexto histórico, ele acredita que revoluções não conseguem melhorar a sociedade pois, quando a revolução destrói todo o sistema, perde-se também o que era bom e funcionava.
Por exemplo: você quer refazer sua casa do zero e taca fogo nela. Como ela foi toda destruída, você não lembra mais onde ficava cada quarto ou cozinha… nada garante que você vai conseguir refazer ela bem. Se ao invés de destruir tudo você conservar as estruturas da casa, vai poder demolir só as partes ruins e manter o que for bom. Por isso esse conservadorismo é reformista, ou seja, eles acreditam que o sistema funciona e querem chegar à utopia dentro dele. Por conta disso, os conservadores veem com forte ceticismo qualquer proposta ou mudança, buscando garantir que apenas aquelas que sejam boas para a sociedade avancem.
Roger Scruton, um dos maiores conservadores modernos, argumentava que Adam Smith, Hayek, e David Hume na verdade eram conservadores, enquanto Russel Kirk via em Alexis de Tocqueville como um dos grandes conservadores liberais.
Olavismo, os novos reacionários
Outra pessoa que percebeu essa demanda reprimida foi Olavo de Carvalho, e ele buscou preencher ela com ele mesmo. Crítico ao marxismo desde os anos 90, o Olavo trouxe para cá os pensamentos e argumentos de direita que ele via nos EUA, muitas vezes importando junto as suas teorias da conspiração. Ele se tornou a base literária de toda direita reacionária, que ganhou um discurso embasado que permitia a eles manter o comportamento mais agressivo e intolerante do reacionarismo.
Focada na guerra cultural com a esquerda, foi o grupo que pedia intervenção militar e golpe de estado. É neste campo que temos a direita bolsonarista, como Carla Zambelli, Sara Winter, Paula Marisa, os filhos do Bolsonaro, e o príncipe Luis Phillipe de Orleans e Bragança, sendo o Brasil Paralelo um dos principais meios de divulgação das ideias olavistas. Presentes no PSL e no União Brasil mas, após a aliança de Roberto Jefferson com o governo Bolsonaro, muitos bolsonaristas da ala olavista foram atraídos para o PTB (sim. Partido Trabalhista Brasileiro, aquele getulista), que está sofrendo uma transformação político partidária por conta disso.
Há também ex-olavistas famosos, como Felipe Moura Brasil, que começaram com o Olavo, mas o abandonaram por não concordarem mais com o guru.
Vamos resumir o que vimos até agora? Segue o diagrama abaixo:
E bem….Notou que não citei os liberais ainda? Como a esquerda original pré marxista, nossas origens ideológicas são meio que diferentes das dos conservadores. E como estamos num site liberal, vamos ver a fundo as raízes do liberalismo brasileiro?
A Direita Brasileira: Liberalismo
A tradição liberal brasileira é rica, contando com nomes como Joaquim Nabuco, André Rebouças, Ruy Barbosa, dentre muitos outros. Nosso liberalismo se baseia nas ideias de Auguste Comte, na qual a sociedade utópica é a sociedade que abandonou o arcaísmo da religião e abraçou a ciência (e é por isso que há tanta gente no debate público que despreza religião como algo arcaico. É Comte puro) .
No entanto, essa tradição liberal viria a ser reprimida fortemente com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Outros nomes viriam a surgir depois, como Carlos Lacerda e Miguel Reale, mas essa tradição também viria ao fim com a Ditadura Militar. Nossa atual tradição liberal brasileira, portanto, começará apenas na Nova República, e será dividida entre os dois homens presentes no governo Collor: Roberto Campos e José Guilherme Merquior.
Assim como Carlos Andreazza e a Editora Record providenciaram literatura conservadora estrangeira para o Brasil, o Instituto Liberal e o Instituto Mises Brasil também notaram essa demanda e nos supriram com livros liberais do exterior. Em especial, o Instituto Mises Brasil atingiu um grande número de pessoas ao disponibilizar gratuitamente os PDFs de livros da escola austríaca de economia.
Liberal Conservador
Esta é a vertente de Roberto Campos, influenciado por Ronald Reagan e Margaret Thatcher. Apesar do nome, não há conservadorismo nessa vertente. O liberalismo (sujeito) da vertente que é conservador (adjetivo), e não a pessoa. Na prática, significa “o liberalismo antigo”. Note que é diferente de um conservador liberal, pois este seria um conservador (sujeito) que adotou ideias liberais (adjetivo).
Essa é a vertente de liberalismo conhecida nos EUA como “classical liberalism”, e é denominada por Merquior como liberismo. Liberais Conservadores seguem o chamado “consenso de Washington”, cujas pautas se resumem a redução dos déficits fiscais, câmbio flutuante, privatizações e desburocratização.
Esta vertente é minarquista, acreditando que o Estado é o causador de todos os problemas, e a solução está exclusivamente nos valores de Livre Mercado do liberalismo clássico do século XIX. É do liberalismo conservador que surge o MBL, cujos nomes como Kim Kataguiri, e Fernando Holiday são exemplos de políticos.
Liberal Social
Esta é a vertente de José Guilherme Merquior, que acredita que o liberalismo moderno deve conter não apenas o fiscalismo e o estado pequeno, mas também políticas públicas estatais que permitam às pessoas ter a liberdade por completo. São aqueles que se dizem liberais por completo, na economia e nos costumes.
O movimento suprapartidário no Brasil que melhor representa o liberalismo social é o Livres, que surgiu em Pernambuco, e é a favor da liberdade econômica, dos direitos LGBT+, do fim do racismo, da legalização da maconha, do estado laico, e de muitos outros assuntos que envolvam “liberdade por inteiro”.
Os liberais sociais e a esquerda liberal tem muitos campos em comum, mas note aqui a diferença entre os liberal sociais e os social democratas: ambos querem políticas públicas de assistência e responsabilidade fiscal, mas a social democracia quer fazer isso necessariamente por meio de aumentar o estado de bem estar social. Defender a social-democracia, portanto, é defender um estado cada vez mais inchado.
Keynesianos
Acreditam que o curto prazo é mais importante do que o longo prazo, e que você deve gastar todo o seu dinheiro ao invés de juntar suas economias. Nessa visão, o Estado deve intervir constantemente na economia para fazê-la crescer, se endividando absurdamente pelo caminho. (Já ouviu a expressão “fazer a economia girar? ” vem desses caras).
Políticos adoram ser keynesianos, pois é a corrente de pensamento que ignora o indivíduo e diz que são os políticos que têm de fazer obras e gastar dinheiro público para resolver tudo. Esse foi o modelo adotado pela Dilma, e é o modelo econômico defendido pelo Ciro Gomes, em suma,é o modelo adotado por qualquer político que não defenda valores austríacos.
Libertários/ Anarcocapitalistas
Resumindo numa frase? “Imposto é roubo e o estado é uma gangue”. Libertários divergem dos liberais porque não acreditam que o Estado deva se manter nem em coisas como segurança e justiça. Para eles, QUALQUER ação estatal é ilegítima.
Anarcocapitalistas tendem a seguir a ética argumentativa de Hans Herman Hoppe, assim como acreditar no objetivismo de Ayn Rand. Em outras palavras, acreditam no direito natural (o estado não pode tirar vida, liberdade, e propriedade) baseado em postulados lógicos. Disso surge o “princípio da não agressão” (PNA), onde você é livre para fazer o que quiser desde que não agrida alguém.
Eles acreditam que os valores morais são universais e a sociedade se guiaria sozinha por meio de trocas sem nenhuma lei obrigando, o que os faz ser muito entusiastas do Bitcoin, a moeda livre do controle estatal. Inclusive Daniel Fraga, um dos primeiros youtubers anarcocapitalistas do Brasil, foi perseguido por políticos que insultou, mas não foi encontrado pela polícia pois havia colocado todo o seu patrimônio em bitcoin (na época que ela ainda não valia nada) e desapareceu sem nunca ser encontrado.
No anarcocapitalismo brasileiro há duas principais vertentes:
- O agorismo, que defende que o estado deve ser destruído neste momento, e a sociedade libertária deveria se organizar por meio de trocas voluntárias sem se envolver com o Estado. Qualquer envolvimento com política é mal visto por eles, mesmo quando para implodi-la por dentro. É defendido pelo Youtuber Alexandre Porto.
- O gradualismo, que reconhece que o Estado não irá cair por conta própria, então se infiltra no Estado para destruí-lo aos poucos. Assim, gradualmente, o Estado perderia mais e mais espaço até desaparecer. É defendido pelo Youtuber Raphaël Lima.
Esta vertente também possui alguns membros apelidados “liberteens”, que consumiram apenas conteúdos do Instituto Mises Brasil, e/ou youtubers de escola austríaca, tendo pouco contato com outras fontes (o que não invalida o libertarianismo e muito menos a escola austríaca em nada, afinal ela está presente no Brasil tanto em liberais conservadores quanto liberais sociais).
Que viagem, não? Bora então para o nosso último diagrama:
Espero que, com este texto, você leitor tenha um melhor entendimento da política brasileira, e talvez possa se encontrar com mais facilidade! Mais do que um binário direita esquerda ou um gráfico de political compass, política é uma massaroca de ideias e vertentes num conflito constante. E o motivo de eu ter feito este texto foi justamente esse: dar a você leitor um link que possa compartilhar com seus amigos e, assim, possa melhor explicar a eles as suas ideias de liberdade!
* As opiniões do autor não representam o Damas de Ferro enquanto instituição.
* NOTA DE EDIÇÃO
Houve um erro ao atribuir o PSTU ao leninismo e o PCO ao stalinismo, pois ambos são partidos de origem trotskista. O erro foi corrigido removendo as citações.