Jornada nas Estrelas inspira as pessoas a ‘audaciosamente irem’

Jornada nas Estrelas inspira as pessoas a 'audaciosamente irem'

Eles costumavam dizer que se o homem fosse feito para voar, ele teria asas. Mas ele voou. Ele descobriu que tinha que voar.

– Capitão Kirk, Jornada nas Estrelas, “A Volta para Casa”.

Nos anos 1960, a ideia de usar um computador para encontrar, sem esforços, qualquer informação, era impensável. Mas Jornada nas Estrelas (1967 – 1969) retratou exatamente isso: um computador conectado a uma vasta base de dados da galáxia que poderia responder todo tipo de pergunta, desde datas de eventos históricos até o clima em planetas distantes.

Jornada nas Estrelas tinha uma pequena, mas dedicada, audiência durante sua exibição original, porém sua popularidade cresceu quando foi reprisada e vendida internacionalmente durante os anos 1970. Um de seus muitos fãs foi Amit Singhal, um engenheiro da computação que naquela época crescia na Índia. Inspirado pelo computador de Jornada nas Estrelas, Singhal buscou uma carreira voltada para a recuperação de informações. Em 2000 ele trabalhava para o que, na época, era uma startup pouco conhecida chamada Google. Singhal desenvolveu os algoritmos do sistema de busca do Google, tornando-o basicamente na fonte de informação favorita das pessoas. Posteriormente ele definiu sua jornada como “a de um pequeno garoto crescendo nos Himalaias sonhando com o computador de Jornada nas Estrelas, para um imigrante que chegou aos Estados Unidos com duas malas e não muito mais que isso, tornando-se a pessoa responsável pelo sistema de busca do Google”. 1

Enquanto o computador de Jornada nas Estrelas original só conseguia responder a comandos de voz básicos e claramente formulados para buscar sua base de dados e solucionar problemas, a série subsequente Jornada nas Estrelas: A Nova Geração (1987 – 1994) retratou um computador comunicativo capaz de compreender a fala humana natural e fazer coisas como localizar pessoas na nave e identificar objetos no cômodo. Toni Reid, responsável por supervisionar o desenvolvimento da Amazon Echo e da interface da Alexa, procurou imitar o computador de A Nova Geração em seu produto. “A inspiração original para a Amazon Echo foi o computador de Jornada nas Estrelas”, ela disse, um dispositivo “fácil de conversar de forma natural, e as pessoas podem fazer perguntas e pedir que faça e encontre coisas por eles”.2 O projeto teria sido impossível sem o fundador da Amazon Jeff Bezos, fã de longa data de Jornada nas Estrelas. Ele usou grande parte de sua fortuna ganha no desenvolvimento da Amazon para alcançar seu sonho inspirado por Jornada nas Estrelas de fazer a viagem espacial comercial se tornar realidade. Em uma bela celebração da influência de Jornada nas Estrelas em seu trabalho, Bezos deu um lugar em um dos primeiros voos espaciais de sua companhia para William Shatner, que interpretou o Capitão Kirk na série original.3

Esse senso de vida talvez esteja melhor retratado por uma troca num dos primeiros episódios de A nova Geração entre Capitão Picard (Patrick Stewart) e um poderoso alien chamado Q (John DeLancie), o qual coloca a tripulação da Enterprise por uma série de provações como um teste da própria humanidade:

Picard: “O que Hamlet disse com ironia eu digo com convicção: ‘Que obra-prima, o homem! Quão nobre pela razão, quão infinito pelas faculdades, como é expressivo e admirável na forma e nos movimentos, nos atos quão semelhante aos anjos, em apreensão como se aproxima aos deuses!’”.

Q: “Certamente você não vê sua espécie dessa forma, não é mesmo?”

Picard: “Eu vejo nós nos tornando assim um dia”.4

Esse retrato otimista do ser humano heroico usando sua mente para construir uma grande civilização interestelar é o que faz Jornada nas Estrelas realmente se destacar. Gene Roddenberry, o gênio por trás da obra, diz que “Jornada nas Estrelas dialoga com algumas das necessidades básicas do ser humano: de que haja um amanhã – que tudo não irá acabar com um grande flash e uma bomba; que a raça humana está evoluindo; que nós temos coisas pelas quais nos orgulhar enquanto humanos.”5  Quando Jornada nas Estrelas foi transmitida – em plena Guerra Fria, poucos anos após a crise de mísseis de Cuba – esse foi um ponto de vista revigorante. Ao invés de uma história sobre guerra ou violência, Jornada nas Estrelas é sobre exploração e descobertas. A narrativa de abertura de todo episódio descreve a missão da Enterprise como sendo “para a exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve”. 6 Em Jornada nas Estrelas, a tecnologia foi retratada como uma força do bem, algo para ser grato, não algo a ser temido. Candy Torres, uma engenheira de software da NASA inspirada pela obra explica: “A tecnologia e o futuro eram positivos. O mundo seria melhor porque tínhamos ciência e tecnologia para melhorar as coisas e resolver problemas”. 7

Outro motivo de destaque da obra nos anos 1960, uma época em que segregação racial era ainda muito presente nos EUA e algumas carreiras não eram abertas para mulheres, foi a representação de mulheres e homens, de diferentes raças e nacionalidades, trabalhando como iguais. O episódio piloto, “A Jaula”, contou com uma mulher como primeira oficial da Enterprise. Essa foi uma ideia radical para a América da época. O estúdio alegou que a audiência não compraria uma mulher em posição de autoridade e fez Roddenberry retirar a personagem em episódios seguintes.8 Contudo, ele conseguiu manter uma mulher na tropa principal – e não apenas uma mulher, mas uma mulher negra, para o choque de muitos telespectadores da época: Nichelle Nicholls como Lieutenant Uhura.

A astronauta da NASA Mae Jemison, a primeira mulher negra no espaço, colocou Uhura como sua inspiração para acreditar que, apesar das normas sociais dizerem o contrário, ela poderia se tornar uma astronauta independentemente de sua raça e seu gênero (A NASA aceitava apenas astronautas homens até 1984). Jemison posteriormente notou que Uhura, e a própria Nicholls, inspiraram inúmeros americanos negros a buscar suas carreiras na ciência, dizendo que Nicholls “usava sua imagem para trazer aplicações [para a NASA].”9 Durante seu voo especial, Jemison começava toda transmissão com “Frequências de saudação abertas, senhor”, a fala mais reconhecida de Uhura de Jornada nas Estrelas. Mais tarde ela apareceu em um episódio de A Nova Geração, tornando-se a primeira astronauta da vida real a aparecer na obra. 10

Jornada nas Estrelas não só inspirou pessoas a se tornarem apenas cientistas, aventureiros e inovadores – mostrou às pessoas que características não escolhidas como raça, nacionalidade e gênero não deveriam ser uma barreira para buscar essas carreiras. Quando Nicholls estava considerando deixar a série, seu autodeclarado “maior fã”, Martin Luther King Jr., encorajou-a a continuar, dizendo a ela “Você não entende que pela primeira vez nós somos vistos como deveríamos ser vistos? Você não tem um papel de negro. Você tem um papel igual aos demais”.11

A tripulação de Jornada nas Estrelas também incluiu um personagem japonês (em um tempo em que japoneses na América ainda eram alvo de preconceito como reflexo da Segunda Guerra Mundial) e um personagem russo (embora interpretado por um americano). Ao fazer isso, Roddenberry estava retratando um futuro em que as pessoas são avaliadas como indivíduos, não como membros de um grupo racial ou nacional. Tendo servido como como piloto na Guerra do Pacífico da Segunda Guerra Mundial e presenciando em primeira mão o sofrimento humano e o ódio do conflito, ele chegou à conclusão de que um futuro pacífico somente seria possível se as pessoas pudessem aprender a enxergar as diferenças entre eles e os demais como fascinantes ao invés de aterrorizantes: “Se o homem quer sobreviver, ele deve aprender a apreciar as diferenças essenciais entre os homens e entre as culturas. Ele vai aprender que diferenças entre ideias e atitudes são um deleite, parte da excitante variedade da vida, e não algo a ser temido.” 12

Muitos dos inimigos com os quais as tripulações de Jornada nas Estrelas se deparam representam alguma forma de coletivismo: eles tratam sua raça ou identidade de grupo como mais importante do que as vidas individuais. Um exemplo notável da série original dos anos 1960 é o supercomputador Landru em “O Retorno dos Arcontes”. Landru força as pessoas a se tornarem parte de um coletivo obediente chamado “o Corpo”, dizendo a eles que “sua individualidade se fundirá na unidade do bem, e em sua submersão no ser comum do Corpo, você encontrará contentamento e realização. Você experimentará o bem absoluto”. Observando a sociedade que Landru criou, Spock (Leonard Nimoy) comenta: “Esta é uma sociedade sem alma, Capitão. Ela não tem espírito, não tem centelha. Tudo é de fato paz e tranquilidade — a paz da fábrica; a tranquilidade da máquina; todas as partes trabalhando em uníssono”. 13

Os coletivistas mais notáveis em Jornada nas Estrelas são os Borg – também conhecidos como “o coletivo” — uma raça de ciborgues (seres metade biológicos, metade mecânicos) conectados a uma consciência coletiva por meio de um processo de “assimilação” que anula suas identidades individuais, pensamentos e valores. Introduzidos em A Nova Geração, os Borg se tornaram a base de numerosas histórias sobre a natureza do indivíduo. Como o engenheiro da Enterprise, Geordi LaForge (LeVar Burton), explica a um Borg “drone” que se separa do coletivo: “Somos todos indivíduos separados… Eu escolho o que quero fazer com a minha vida. Eu tomo decisões por mim mesmo. Para alguém como eu, perder esse senso de individualidade é quase pior do que morrer”. 14 Mais tarde, em Star Trek: Voyager (1995-2001), a tripulação resgata Sete de Nove (Jeri Ryan), uma humana que foi assimilada pelos Borg quando criança. Isso inicia uma trama de quatro anos sobre ela redescobrindo sua individualidade. Essas histórias inspiram os espectadores a contemplarem sua própria individualidade e avaliarem que valores e características os distinguem dos outros.

Em contraste com os Borg, que seguem cegamente as instruções do coletivo, os heróis de Star Trek possuem princípios, são eficazes e desafiantes diante da adversidade. Um excelente exemplo disso é a Capitã Janeway (Kate Mulgrew) da Voyager. Quando, no primeiro episódio, sua nave fica a setenta mil anos-luz da Terra, ela define como objetivo levar sua tripulação para casa, mesmo que a jornada levaria mais de setenta anos na velocidade máxima da nave. Apesar de sua dedicação a esse objetivo, ela repetidamente deixa passar oportunidades de chegar em casa mais rapidamente quando isso envolveria apoiar regimes opressores, roubar tecnologia ou prejudicar pessoas inocentes. Janeway não é apenas um modelo inspirador de determinação, mas também demonstra como equilibrar isso com um compromisso feroz com princípios morais.

Conforme a franquia evoluiu, a filosofia de Jornada nas Estrelas mudou consideravelmente. A série original foi concebida como uma espécie de faroeste espacial, uma “Caravana para as estrelas”, que capturaria o espírito pioneiro dos faroestes americanos clássicos.15 Como tal, ela incorporava muitos valores americanos (um episódio até envolveu o Capitão Kirk lendo o preâmbulo da Constituição dos EUA), o que um comentarista reclamou de dar à série “o tom irritante de uma moralidade republicana piedosa”.16 No entanto, para muitos, ela impregnou a série com uma mensagem inspiradora não apenas sobre o futuro da humanidade em geral, mas sobre o que os indivíduos podem alcançar quando deixados livres para perseguir seus objetivos. Ela fomentou um espírito de exploração, descoberta e determinação diante dos desafios — assim como os faroestes clássicos.

Essas ideias estão presentes em todas as séries subsequentes de Jornada nas Estrelas, mas algumas, especialmente A Nova Geração e Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine (1993-1999), se afastam dos valores americanos tradicionais. Elas retratam uma sociedade sem dinheiro, na qual as pessoas não buscam mais riqueza material (o que é irônico para uma série ambientada em uma nave chamada “Enterprise”). Essa ideia está completamente ausente na série original de Jornada nas Estrelas. Segundo o Capitão Picard, as pessoas no futuro, não mais necessitam de coisas materiais graças à enorme abundância criada pela tecnologia, elas são impulsionadas por um desafio “para se aprimorar. Para enriquecer-se [espiritualmente]”17. A ideia de que as pessoas seriam tão motivadas é definitivamente inspiradora — assim como a ideia de que a tecnologia futura criará tanta abundância que a fome e a pobreza deixarão de existir. Mas é por meio da busca pela riqueza material que as pessoas desenvolvem e mantêm tais tecnologias, um fato que essa ideia ignora, e é uma pena que essas séries desencorajem a criação de riqueza ao menosprezar o dinheiro e o capitalismo.

A série prequela Jornada nas Estrelas: Enterprise (2001-2005), ambientada antes da abolição do dinheiro e durante o início da exploração de outros mundos pela humanidade, notavelmente volta ao espírito pioneiro da série original, incluindo um episódio com temática do Velho Oeste. Se não fosse pela Enterprise ter me inspirado a permanecer firme diante dos desafios e explorar a ideia de uma filosofia baseada na lógica, eu não estaria escrevendo este artigo hoje.

As muitas qualidades inspiradoras de Jornada nas Estrelas superam em muito sua atitude ocasionalmente desdenhosa em relação ao empreendedorismo. Uma característica notável da maioria das séries de Jornada nas Estrelas é o uso de alegorias para explorar questões morais e filosóficas. Isso frequentemente envolve o uso de tramas envolvendo raças alienígenas para representar questões na Terra contemporânea: o episódio da série original “Que Este Seja o Seu Último Campo de Batalha” usou alienígenas com rostos metade pretos e metade brancos (exceto por uma minoria, que tinha as cores invertidas) como alegoria para a discriminação racial. Alguns outros exemplos são o episódio de A nova Geração “Quem Observa os Observadores?”, que explora a moralidade de espionar as pessoas sem o seu consentimento; e o episódio de Voyager “Escorpião”, que explora a questão de se aliar e ajudar uma facção maligna (os Borg) para derrotar uma ameaça ainda maior. As sete temporadas de Deep Space Nine lidam com as consequências de uma brutal ocupação militar, explorando como a justiça se aplica aos perpetradores e facilitadores de tais atrocidades, como avaliar atos de vingança por parte das vítimas e a moralidade de se beneficiar do trabalho realizado pelos ocupantes durante seu domínio selvagem. Ao explorar questões dessa forma alegórica, Jornada nas Estrelas encoraja os espectadores a pensar criticamente sobre essas questões, sem trazer para a mesa opiniões preexistentes sobre exemplos específicos da Terra. Embora as mensagens filosóficas dessas histórias variem, na maioria dos casos os personagens apresentam argumentos fortes para os vários lados da questão em debate, e o debate é dramatizado de maneira imparcial e racional. Infelizmente, as séries recentes Jornada nas Estrelas: Discovery (2017–2023) e as duas primeiras temporadas de Jornada nas Estrelas: Picard (2020–2023) falharam em replicar essa exploração equilibrada de questões morais, com certos episódios contendo afirmações diretas e não contestadas das opiniões políticas e sociais dos roteiristas. No entanto, a série mais recente, Jornada nas Estrelas: Strange New Worlds (2022–presente), e a terceira e última temporada de Picard, fizeram um trabalho muito melhor e capturaram o espírito otimista de Jornada nas Estrelas e a caracterização heroica muito melhor do que outras temporadas recentes.

Uma última importante maneira pela qual Jornada nas Estrelas inspirou as pessoas foi influenciando outros criadores de ficção. Várias outras obras de televisão de ficção científica ricas em filosofia, como Babylon 5, Stargate SG1, Farscape e The Orville, foram diretamente influenciadas por Jornada nas Estrelas, e os roteiristas de todas essas incorporaram referências explícitas a ela em seus episódios. Brad Wright, co-criador de Stargate SG1, Stargate Atlantis, Stargate Universe e Travelers, chamou Jornada nas Estrelas de “o programa que me fez querer escrever para televisão”.18

Embora sua visão para o futuro às vezes seja imperfeita, Jornada nas Estrelas, com seu otimismo desinibido, celebração da ciência e tecnologia, e exploração de questões filosóficas e morais, inspirou inúmeras pessoas a alcançar coisas maravilhosas. A segunda temporada de Strange New Worlds está atualmente em exibição no Paramount+. Esperançosamente, ela e as futuras produções de Jornada nas Estrelas continuarão inspirando a próxima geração “audaciosamente irem”.


Artigo Original: https://theobjectivestandard.com/2023/08/star-trek-inspires-people-to-boldly-go

Autor: Thomas Walter-Werth
Tradução: Lorena Mendes (@lomendesf)
Revisão: Gabriel Gustavo Soares Santos (@gabrielgss)


Referências Bibliográficas

  1. Devjyot Ghoshal, “The Rise and Fall of Amit Singhal, the Former Google Star Just Fired by Uber,” Quartz, 28 de Fevereiro de 2017, https://qz.com/india/920713/the-rise-and-fall-of-amit-singhal-the-former-google-star-just-fired-by-uber.
    ↩︎
  2. Toni Reid, “Amazon’s Next-Level Voice Technology,” Wall Street Journal, 15 de Junho de 2017, https://deloitte.wsj.com/articles/amazons-next-level-voice-technology-1497499342.
    ↩︎
  3. Kristin Houser, “Science Fiction Doesn’t Predict the Future. It Inspires It,” Freethink, 09 de Outubro de 2021, https://www.freethink.com/culture/jeff-bezos-star-trek. ↩︎
  4. Hide and Q,” Star Trek: The Next Generation, November 23, 1987.
    ↩︎
  5. “Gene Roddenberry on the Meaning of Star Trek,” Big Think, 16 de Outubro de 2014, https://bigthink.com/words-of-wisdom/gene-roddenberry-on-the-meaning-of-star-trek. ↩︎
  6. Isso foi alterado para “ninguém” em The Next Generation.
    ↩︎
  7. Julia Wetherell, “Kirk to Enterprise: The Piece of ‘Star Trek’ in Your Pocket,” The World, 18 de Janeiro de 2018, https://theworld.org/stories/2018-01-18/kirk-enterprise-piece-star-trek-your-pocket.
    ↩︎
  8. “10 Women in Command Who Paved the Way for Kathryn Janeway,” StarTrek.com, 08 de Março de 2023, https://intl.startrek.com/news/10-women-who-paved-the-way-for-kathryn-janeway ↩︎
  9. Camille Jackson, “The Legacy of Lt. Uhura: Astronaut Mae Jemison on Race in Space,” Duke Today, 28 de Outubro de 2013, https://today.duke.edu/2013/10/maejemison. ↩︎
  10. “Mae Jemison,” Memory Alpha, https://memory-alpha.fandom.com/wiki/Mae_Jemison.
    ↩︎
  11. Lily Rothman, “Why Martin Luther King Jr. Loved Star Trek,” Time, 07 de setembro de 2016, https://time.com/4478354/martin-luther-king-star-trek; “Zoë Saldaña Climbed into LT. Uhura’s Chair, Reluctantly,” NPR, 08 de abril de 2013, https://www.npr.org/sections/codeswitch/2013/04/08/176594781/zo-salda-a-climbed-into-lt-uhuras-chair-reluctantly.
    ↩︎
  12. Rothman, “Why Martin Luther King Jr. Loved Star Trek.”
    ↩︎
  13. “Return of the Archons,” Star Trek, 09 de fevereiro de 1967. ↩︎
  14. “I, Borg,” Star Trek: The Next Generation, 10 de maio de 1992.
    ↩︎
  15. Joel Engel, Gene Roddenberry: The Myth and the Man behind Star Trek (New York: Hyperion, 1994), 58.
    ↩︎
  16. David Wingrove, Science Fiction Film Source Book (Harlow, UK: Longman, 1985), 217. ↩︎
  17. “The Neutral Zone,” Star Trek: The Next Generation, 16 de maio de 1988. ↩︎
  18.  Brad Wright, Twitter, 17 de vereiro de 2023, https://twitter.com/bradtravelers/status/1626447604702908417?lang=en-GB.
    Artigo original em: https://theobjectivestandard.com/2023/08/star-trek-inspires-people-to-boldly-go/
    ↩︎

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