O empreendedorismo é mais do que apenas iniciar um negócio, é sobre mudar a maneira como vemos e enfrentamos desafios.
Empreender é descobrir habilidades e competências que jamais imaginou ter. É empreender para desenvolver. Desenvolver para empreender. É dar voz ao seu sonho. É sobre fazer por você e pelas pessoas.
Fazer é empreender
A onda do empreendedorismo não explodiu por acaso. A revolução digital aumentou a reconexão. A aproximação permitiu que reconhecêssemos nos outros, interesses em comuns.
Juntos com as ideias em comuns essas sairão do papel unindo-se a um propósito sinérgico, com habilidades complementares e interdependentes, assim realizamos.
Se não temos dinheiro, buscamos pelo Kickstarter.
Se nos falta um especialista, procuramos no Linkedin.
Se nos falta uma agência de propaganda, divulgamos através do Vimeo.
Os amadores viraram profissionais, crescendo assim o movimento empreendedor.
Nunca foi tão fácil fazer
Há uma indiscutível sabedoria nos teóricos e pensadores, sejam os clássicos ou contemporâneos. Mas, são os fazedores que mudam o mundo, que viram história.
Se os grandes pensadores não tivessem se preocupado em deixar suas obras registradas (não tivessem sido, em algum nível, fazedores), nós nunca conheceríamos suas ideias. Elas teriam se esvaído com o tempo.
Nunca foi tão fácil realizar.
Nunca foi tão fácil fazer um livro, uma música, um filme, uma reunião com os colegas do ensino médio, uma passeata contra o presidente, um desfile com modelagens próprias, um partido político, uma casa, um carro, uma declaração de amor, uma viagem ao redor do mundo.
Nunca foi tão fácil fazer uma empresa, perceber empoderado, conquistar a própria autonomia.
A grande lição é que ninguém construirá o mundo que você deseja, exceto você mesmo. Nunca foi tão acessível ser empreendedor. Empreendedor é aquele que reconhece seu próprio poder e, com autonomia, muda a realidade para melhor.
A era de transformação
Não estamos passando por uma era de mudanças. Estamos passando por uma mudança de era. Isso, que parece um simples jogo de palavras, dá uma dimensão mais precisa do fenômeno. Não estamos mudando de rua, de bairro, de cidade, de país, de planeta. Estamos mudando de universo. Estamos diante de uma revolução. E uma revolução muda absolutamente tudo.
À medida que navegamos por essa era transformadora, a tecnologia, em especial na área da comunicação, experimentou avanços sem precedentes. Como Klaus Schwab (2016), fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, destacou em seu artigo “A Quarta Revolução Industrial”, estamos no meio de uma revolução que está fusionando as esferas físicas, digitais e biológicas. Esta interconexão, intensificada pela onipresença da internet e pela rápida disseminação de smartphones, remodelou a forma como nos comunicamos, nos conectamos e percebemos o mundo ao nosso redor. O fluxo constante de informações e a capacidade de comunicar-se instantaneamente em escala global deram origem a novos paradigmas e desafios, influenciando todos os setores da sociedade.
Por isso, em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado, a capacidade de inovar se tornou um dos principais pilares do progresso econômico e social. E é nesse cenário que o empreendedorismo assume uma posição central, atuando como verdadeiro motor de mudanças positivas e crescimento.
Transformando problemas em soluções tangíveis
Um negócio nunca começa pela ideia. Sempre pelo problema.
Empreendedores são indivíduos que identificam problemas e oportunidades e agem para transformar esses problemas em soluções tangíveis. Esse processo de transformação é intrinsecamente ligado à inovação. As startups de tecnologia, por exemplo, têm rompido barreiras tradicionais e redefinido mercados inteiros.
Estimulando o crescimento econômico
Quando empreendedores criam novas empresas, elas contribuem para o aumento da produção e do consumo. Isso gera um ciclo de investimentos, criação de empregos, atração de investimentos e aumento do poder de compra da população. Empresas nascentes introduzem novas tecnologias e práticas comerciais, instigando o mercado e estabelecendo novos padrões. Esse dinamismo ajuda a fortalecer a economia.
Em linha com essa perspectiva de crescimento, dados recentes divulgados pela Agência Brasil, da EBC, revelam sinais positivos na atividade econômica do Brasil no início de 2023. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou um crescimento de 2,41% no primeiro trimestre deste ano em relação ao anterior. Ainda que março de 2023 tenha registrado uma pequena queda de 0,15%, quando comparado ao mesmo mês em 2022, houve um aumento expressivo de 5,46%. O acumulado em 12 meses aponta um avanço de 3,31%. Este índice, importante para a tomada de decisões sobre a taxa básica de juros, sugere uma retomada da atividade econômica no país. Entretanto, o indicador oficial da economia brasileira, o PIB, calculado pelo IBGE, apontou um crescimento de 2,9% em 2022, totalizando R$ 9,9 trilhões.
Promovendo a educação e formação
O empreendedorismo oferece oportunidades igualitárias a todos, independentemente de gênero, etnia ou background. Através de modelos de negócios inclusivos, mentoria, financiamento orientado e sensibilização, o empreendedorismo capacita grupos sub-representados, proporcionando-lhes voz e representação no mundo empresarial. Empresas diversificadas são mais adaptáveis e muitas vezes desenvolvem produtos e serviços que atendem a uma ampla variedade de necessidades. Assim, o empreendedorismo não apenas impulsiona a inovação econômica, mas também promove inclusão e diversidade.
Conclusão
O empreendedorismo é mais do que apenas iniciar um negócio. É sobre mudar a maneira como vemos e enfrentamos desafios. É sobre inovação, crescimento, pessoas e progresso. Em um mundo em constante evolução, é o espírito empreendedor que nos impulsiona para frente, moldando o futuro econômico e social de nossas comunidades.
Embora o Brasil seja um país com uma política jurássica com relação ao empreendedorismo, nós, empreendedores, tentamos fazer do mundo um lugar mais criativo, dinâmico e positivo.
*As opiniões do autor não representam a posição do Damas de Ferro enquanto instituição.