A Morte de Charlie Kirk e a Ascensão da Esquerda Terrorista

A Morte de Charlie Kirk e a Ascensão da Esquerda Terrorista

Talvez você não tenha ouvido falar antes de Charlie Kirk, mas definitivamente já conhece seu trabalho. Sabe aqueles eventos em que uma pessoa fica sentada em público numa mesa escrita “mude minha opinião”? Foi ele quem criou esse modelo. E ele acaba de ser morto com um tiro no pescoço pela ousadia de expor suas opiniões.

Charlie era um ativista político conservador, que construiu sua carreira visitando universidades americanas e instigando debates com os estudantes. Ele era um homem democrático que genuinamente acreditava que poderia convencer os corações e mentes de seus com seu discurso, e é  justamente por isso que sua morte teve repercussão global: ele não era radical nem inflamado. Sendo sincero, alguns brasileiros até o chamariam de “isentão”.

O choque está em perceber que, se uma das pessoas mais moderadas que a política americana tem a oferecer pode ser considerada de extrema direita e morta por isso, então todos nós podemos ser mortos também. 

Mas calma. Piora.

Aplaudindo a Violência, Negando a Responsabilidade

Esperava-se pelo menos que o ocorrido fosse tratado com o devido respeito, um lamento formal que confirmasse a seriedade da situação. A esquerda, no entanto, fez tudo menos isso. 

O primeiro desrespeito veio quando a House of Representatives (a Câmara dos Deputados deles) pediu um minuto de silêncio pela morte de Kirk, os democratas o interromperam com gritos. Para além disso, quando a mídia TMZ estava em live prestes a dar a notícia da morte de Kirk, comemorações e aplausos podiam ser ouvidos de fundo. Isso pra não falar do comentarista Matthew Dowd, demitido da MSNBC por culpar Charlie pela própria morte e dizer que o atirador poderia ser um apoiador de Kirk atirando nele acidentalmente para comemorar.

Nas palavras de Zack Hoyt, o maior comentarista de política da plataforma Twitch, a internet atravessa uma fase em que a violência política não só foi normalizada, como também passou a ser encorajada. Agredir ou matar um oponente político não é apenas visto como válido, mas redentor. 

Mas isso não seria algo acontecendo dos dois lados? Porque focar tanto na esquerda quando a direita seria igual?

Bem…porque a direita não está fazendo o mesmo. Apesar de ambos os lados estarem se radicalizando, é a esquerda quem está expressando essa radicalização por meio de atentados e assassinatos políticos. O próprio Kirk corroborou essa opinião com dados em abril, mostrando que 48% das pessoas de esquerda acreditam ser justificado assassinar Elon Musk; e, 45%, Donald Trump. 

Segundo ele, a esquerda estaria sendo levada a um frenesi violento. Qualquer revés, seja perder uma eleição ou perder um processo judicial, justificaria para eles uma resposta extremamente violenta. Para Kirk, isso seria uma consequência natural da cultura de protesto da esquerda, que tolera a violência à anos a fio. Uma bomba relógio.

Ouso dizer, que essa bomba explodiu em 2024. 

Cultura Woke: A Rainha dos Ruínas

Em seu pronunciamento sobre a morte de Charlie Kirk, Donald Trump abordou o elefante na sala:

Passou a hora de todos os americanos e a midia a confrontar o fato de que violencia e assassinato são uma consequencia tragica de demonizar aqueles de quem você discorda, dia após dia, ano após ano, da maneira mais odiosa e desprezível possível. Durante anos, a esquerda radical comparou americanos incríveis como o Charlie aos nazistas e aos piores assassinos em massa do mundo. Este tipo de retórica é directamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso pais hoje. – Donald Trump

Trump fala não apenas como presidente do país, mas como ele mesmo o sobrevivente de um atentado onde a bala errou sua cabeça por milímetros. Fato é que, quando se promove o desejo de assassinato para milhões de pessoas, não é questão de “se” algum louquinho vai vir atrás de você, mas de “quando”.

O motivo disso ter ocorrido foi simples: impunidade. A esquerda americana (woke) viu-se como “o lado certo da história”, de modo que qualquer ação contra seus inimigos políticos seria portanto moralmente justificada. Vemos isso no caso da jornalista Bari Weiss em sua carta de renúncia do The New York Times. Dentre os inúmeros relatos de perseguição política que sofreu dos colegas, chama a atenção a frase: “Não deveria requerer coragem ser uma jornalista centrista num jornal americano”.

Eis que a sociedade vinha aprendendo gradualmente nas últimas décadas que machismo, racismo, e homofobia eram coisas ruins; e que as identidades de pessoas trans eram válidas. Mas o abuso dessas pautas como pano de fundo para censurar adversários políticos acabou por nos retroceder décadas. Graças aos progressistas identitários, uma parcela significativa da população americana foi ensinada a odiar minorias e a não mais ver os argumentos empáticos antes usados por essas causas.

Tudo isso culminou na eleição de 2024, na qual Trump ganhou o voto popular, maioria na câmara e no senado. Foi uma derrota TÃO grande e inegável para os democratas que forçou o identitarismo woke a se ver como o errado. 

A ideologia hegemônica que se vendia como o futuro inevitável agora percebia-se uma frágil minoria de desiludidos. Ela percebeu que não estava desconstruindo valor algum, mas sim demolindo as estruturas de sua própria civilização e celebrando nas ruínas. Consequentemente, antes mesmo de Trump assumir o cargo, a cultura woke foi abandonada. Agora órfã de ideologia, porém, a esquerda americana abraçou o terrorismo como um novo ethos. Quase como se, percebendo a falência da sua visão política, a esquerda decidisse recorrer à falência da política como um todo.

Basta lembrar das depredações em massa de teslas como forma de forçar Elon Musk a deixar o governo, ou atentados como o de Minneapolis, onde a atiradora trans Robin Westman  invadiu uma igreja católica e atirou em crianças rezando.

As consequências do que fizeram com o centro político americano, porém, não vão embora. E isso pode ser visto em outro assassinato que aconteceu na mesma semana. Um que Charlie tweetou horas antes de sua morte dizendo que mudaria a América para sempre.

A Morte de Iryna Zarutska

Iryna Zarutska era uma refugiada ucraniana nos EUA, cuja morte chocou o país. Ela voltava para casa, sentada num metrô e mexendo no celular. Atrás dela, porém, estava um homem com 14 passagens pela polícia. Ele levantou-se rapidamente, a esfaqueou no pescoço, e foi embora. 

Pera…foi embora?

É. Foi embora. Ele não a roubou, e nem a conhecia. Só a matou por matar e foi embora.

A mídia americana, porém, ficou dias sem falar sobre o caso, com esforços até para apagar a página da wikipedia sobre. Após muita pressão, o caso começou a ser falado no mainstream e a gravação completa foi publicada.

Ao ser esfaqueada, Iryna se retrai de medo e olha seu assassino com um horror genuíno. Ela ainda não sabia, mas já estava morta. Quando percebe suas feridas, começa a chorar. Poucos segundos depois, cai no chão sem forças e morre agonizando.

O assassino, que era negro, pode ser ouvido na gravação se vangloriando por “ter matado a garota branca”. A situação racial desse assassinato foi o motivo pelo qual a mídia ocultou o caso (e de algumas pessoas de esquerda terem tentado levantar uma vaquinha para que o assassino pudesse cobrir as despesas legais). 

Em resposta à gravação, uma conta oficial do Black Lives Matter justificou o assassinato de Iryna (que era apoiadora do BLM). A reação mais extrema (e perigosa) veio de Nick Fuentes, uma pessoa abertamente racista e antisemita. Ele teria lançado o jargão político de que “prefere continuar vivo e ser muito racista do que morrer e não ser racista o suficiente”, levando a uma enxurrada de memes e postagens racistas. Um retrocesso racial perigosíssimo.
O olhar de terror de Iryna à beira da morte, porém, gerou uma indignação gigante que moveu o debate público para uma nova direção: Trump vinha fazendo avanços perigosíssimos com as polícias em lugares onde não tinha jurisdição. Agora, toda e qualquer repressão política usando polícias está justificada aos olhos do público.

A esquerda não está mais sendo vista como tolerante e preocupada com os direitos civis. Ela está sendo vista como um grupo radical que não irá ouvir seus argumentos contrários e está disposta até a te matar por isso. Pior ainda, está sendo vista como um grupo cujas ideias não funcionam e aumentam a criminalidade. Ceder à esquerda, portanto, significaria viver numa sociedade mais perigosa e morrer em vão como Iryna.

Por muito tempo, a direita tinha como discurso dar a outra face. A não usar violência contra inimigos políticos para não se rebaixar ao nível da esquerda. Isso pode ter morrido junto de Charlie e Iryna, e podemos estar vendo a ascensão de uma direita intolerante e violenta.


Paulo Grego

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