Em 6 de julho de 2012, o youtuber Clarion de Laffalot postou seu vídeo mais famoso, chamado “A Metáfora da Caixa de Bombom”. Este vídeo já teve mais de 1 milhão de visualizações e explica de maneira simples e didática como funcionam ideologias políticas. Hoje, dez anos depois, gostaria de revisitar essa metáfora e ir além para explicar (usando chocolate) como funcionam ideologias políticas. E, mais do que isso, explicar: o que faz alguém acreditar numa ideologia?
A metáfora da caixa de bombons
Imagine um recipiente vazio e duas caixas de bombons de marcas concorrentes. Uma das caixas, representa a ideologia A (que pode ser qualquer coisa que queira imaginar: comunismo, capitalismo, feminismo, etc.), enquanto a outra caixa de bombons representa a ideologia B (oposta à que você escolheu para a primeira caixa).
Para a maioria das pessoas, se eu elogio uma das ideias de uma dessas ideologias (um bombom da caixa é gostoso), imediatamente já querem me empurrar o pacote inteiro, fechado. E, por outro lado, se eu critico um item dessa mesma ideologia (um bombom é ruim), imediatamente já querem me empurrar a outra ideologia, também inteira fechada no pacote completo.
Clarion, assim como eu, não gosta de pensar assim, e sugere nunca pegar o pacote completo de uma ideologia. Ao invés disso, vamos analisar cada uma delas abrindo a caixa e olhando item por item. Os itens que eu gosto, eu coloco no meu recipiente, enquanto os itens que eu desprezo, jogo fora. E faço a mesma coisa com a ideologia oposta, apoiando os itens que eu concordo e descartando os itens que eu não concordo.
E assim, repito o processo para cada item de cada ideologia sem nunca me sentir na obrigação de aceitar o pacote inteiro fechado. No final das contas, eu vou ter montado o meu próprio ideário, com o conjunto das ideias que eu concordei sem ter de me prender a nenhuma marca de chocolate.
Caixa de bombons não é ser de centro
Muitas pessoas interpretaram esta metáfora errado, como se o que ele estivesse propondo fosse ser de centro e misturando sempre as duas ideologias para ser moderado. Em resposta a isso, Clarion deixa claro: essa metáfora não tem nada a ver com ser de centro! Abrir as caixas e escolher os bombons não te obriga a fazer uma escolha equilibrada entre eles. Não é sobre de qual caixa você pegou o seu bombom, mas sim sobre garantir que você só está comendo os bombons que gosta.
Pense assim: quando existe um assunto ideológico, aborto, por exemplo, as pessoas que aceitam o pacote completo simplesmente seguem a manada e os líderes de sua ideologia sem pensar sobre o assunto “aborto”. Apenas pegam o argumento pronto e repetem feito papagaio, se bitolando naquilo que o grupo do seu viés ideológico condiciona ela a seguir.
Se, neste caso, eu decidi ser contra o aborto (opção normalmente tida como de direita conservadora), não significa que eu sou obrigado a defender outras posições conservadoras, ou que devo ser contra outras ideias de esquerda, e muito menos que haja alguma incoerencia no meu liberalismo. Não significa nem que eu deva ser a favor da liberação das drogas ou das armas!
Escolher esse bombom significa que eu analisei de boa fé os argumentos prós e contra e , então, concordei em defender esta ideia. Ela é minha. E se os líderes do meu grupo ideológico deixarem de apoiá-la em algum momento, eu não sou obrigado a mudar de idéia junto (mesmo que isso me coloque do lado de meus oponentes ideológicos). Repita isso para todas as ideias que defende e terá sua própria caixa de bombons.
A metáfora de Clarion para por aqui, mas é possível entender um pouco mais sobre essas ideologias analisando os chocolates de dentro da caixa. O que tem dentro de uma caixa de bombom ideológica? Vamos descobrir agora.
O que tem dentro da caixa de bombom?
Abrindo duas caixas de bombom concorrentes, notamos que elas têm chocolates de sabores parecidos, certo? Por exemplo, a Nestlé e a Garoto têm, entre outros, chocolate com nozes (Talento e Charge) e chocolates com coco (It Coco e Prestígio). Porque esses sabores são repetidos? Ora, porque as marcas de chocolate reconhecem a demanda e oferecem chocolates para esses gostos. Com ideologia é parecido! Vou dar alguns exemplos. Veja se consegue notar a semelhança:
- Liberalismo: Vivemos num mundo cuja pobreza é mantida pela intervenção do Estado. Enquanto houver controle estatal, haverá pobreza. Quando nós indivíduos formos livres para trabalhar sem regulação, o resultado será o enriquecimento de todos. A razão objetiva e seus produtos, o progresso científico e a tecnologia, levarão o homem à felicidade, emancipando a humanidade dos dogmas, mitos e superstições dos povos primitivos, aqueles que são contra nós.
- Marxismo: Vivemos num mundo cuja história é impulsionada pelo confronto entre duas classes contraditórias: o proletariado, do qual fazemos parte, e a burguesia, que nos explora. A burguesia nos distrai e nos aliena com a religião, o ópio do povo. Mas a história sempre avança em direção a revolução do proletariado, que criará uma utopia sem classes de plena liberdade e igualdade: o comunismo. Aqueles que forem contra a revolução ou são burros ignorantes que não entenderam isso ou são maliciosos que estão do lado errado da história e agem para impedir a chegada da utopia.
- Conservadorismo: Vivemos numa sociedade mantida por um pacto de gerações, onde temos o dever de preservar o que recebemos de bom de nossos pais para nossos filhos, melhorando no que for possível para que as futuras gerações cheguem à utopia por nós. Plantamos as sementes das árvores cuja sombra nunca veremos, e aqueles que são contra nós querem destruir nossas famílias.
- Feminismo Radical: Nós mulheres não temos as mesmas condições que os homens porque fomos oprimidas por eles por milênios, mas temos um potencial muito superior. O lugar da mulher é onde ela quiser, e é combatendo o machismo que liberaremos o caminho para mulheres finalmente serem CEOs. Quem discorda de nós quer ver as mulheres de volta como donas de casa submissas a seus maridos.
Notou como cada ideologia acima reconhece que vivemos num mundo ruim, e descreve um motivo do porquê para, então, propor uma solução que, finalmente, nos levará a uma utopia? E claro, tomando o cuidado de rotular as pessoas que discordam como monstros querendo criar um inferno na terra, e cujos argumentos, portanto, devem ser ignorados.
Isto que descrevi acima de forma genérica é o que chamamos de metanarrativa, ou de grande narrativa. Se toda pessoa é o protagonista de sua própria história, a metanarrativa é o narrador onisciente que essa pessoa imagina estar narrando a própria história. São as formas que encontramos para explicar o mundo ao nosso redor, e como podemos mudá-lo para melhor.
Ao comprar um pacote fechado como sua visão de mundo, entretanto, também significa não conseguir compreender o mundo fora de sua ideologia (como, por exemplo, é o “pobre de direita” é pra esquerda e, o “socialista de iphone”, pra direita). Te torna previsível, e faz com que consigam adivinhar tudo o que você pensa, e quais contra-argumentos decoraram para cada ideia sua, só pelas palavras que você usa ao debater (se falou indivíduo ou trabalhador, explorado ou oprimido, etc.). Estão vacinados contra você.
E sim, são só exemplos simplificados. Mas talvez você leitor se identifique com uma das metanarrativas que citei e me diga “mas eu defendo essa ideologia e não penso assim”! Não vou discordar de você nisso, e, inclusive, já adianto que você provavelmente está certo. Porém, peço que por favor me dê o benefício da dúvida quando digo que corre um perigo
Talvez as ideias que você defende não sejam as suas, e você possa estar sendo a vítima nisso tudo. Pode até achar que defende apenas uma parte da ideologia, porém, os ideólogos podem ser astutos e esconder o todo de você. Quando você compra o pacote fechado, está repetindo ideias de outras pessoas e defendendo argumentos sem saber se é coerente ou não com o que você acredita.
É como já explicou Ayn Rand: você estaria discordando da ideologia só depois de já concordar com os principais dogmas dela. E aí não há mais diferença no debate público e na propaganda ideológica entre você e a pessoa que acredita em todas essas coisas. É uma tática antiga, na qual você é considerado pelos ideólogos um “idiota útil” que defende a ideia dele e que ele vai descartar quando perder a utilidade.
Ok…eu falei muita coisa séria e densa. Vamos voltar pro chocolate? Dá pra explicar isso melhor usando bombom.
Entendendo os bombons
Nem todo bombom é igual dentro da caixa, e toda ideologia tem pontos bons e ruins. É bem fácil identificar qual bombom representa o argumento bom, aquele que todo mundo quer que você lembre, e qual argumento representa as contradições amargas que estão lá, mas gostariam que você esquecesse no canto da caixa.
Há, porém, outro tipo de argumento dentro da caixa, o chamado ponto de discussão (do inglês, talking point). Esse é um daqueles bombons que não está lá porque é correto ou porque tem uma demanda da sociedade, mas para dar volume à ideologia adotada. Só servem para ser usados a qualquer momento, e independente do assunto, quando a pessoa se sente encurralada no debate e quer recomeçar o assunto da conversa numa posição melhor.
Um bom exemplo disso é quando um comunista diz que a Igreja Católica matou mais na inquisição do que o comunismo. Este argumento é mentira (em 3 séculos a inquisição matou cerca de 2000 pessoas, enquanto o comunismo matou entre 60 e 100 milhões só no séc. XX), mas note: mesmo que haja aqui uma discussão legítima sobre os erros da Igreja, isso não importa para quem usa um ponto de discussão. O objetivo mesmo é só desviar o assunto das mortes do comunismo dizendo que nossa sociedade exalta alguém que “fez pior”, para então recomeçar a discussão de um ponto taticamente mais favorável para ele. São irrelevantes para o resto da ideologia e só servem pra você perder tempo discutindo eles ao invés empareda-lo nas verdadeiras contradições.
Mas é importante notar que essas ideologias não são fixas no tempo, podendo sim mudar conforme a sociedade muda! No entanto, essas mudanças serão sempre táticas: argumentos úteis vão continuar na ideologia mesmo após o que descrevem deixar de existir, e argumentos novos são adicionados apenas quando os existentes não conseguirem mais explicar o mundo fora da caixinha.
Resumindo isso em uma única palavra? “Ultraliberal”. O termo surgiu pois o liberalismo da nova direita não se encaixava no que a esquerda chamava de “neoliberal” (social-democratas dos anos 90, supostamente comprados pelos EUA e querendo nos vender para o interesse estrangeiro).
Éramos um bombom fora da caixa cujos jargões decorados não funcionavam mais (lembra do Moro e do MBL comprados pela CIA?), então o “ultraliberal” surge para suprir esse buraco como “aquele que defende um liberalismo extremo beirando ao inaceitável (para a esquerda) mas que não vê problemas em estabelecer ditaduras contanto que o mercado seja livre”. E note: mesmo que este novo argumento não seja verdadeiro, ele faz com que a caixa volte a ser completa e ninguém precisa pensar nada fora dela.
Ao fazer sua própria caixa, você analisa cada item da ideologia e seleciona apenas os bons argumentos com os quais concorda, de forma a não ter de lidar com contradições ideológicas e sem precisar carregar junto ideias de origem duvidosa que só estão ali para justificar a ideologia. Se um novo argumento aparecer que não bate com a ideologia, você estará livre para ser coerente e aceitá-lo, ou não, sem ter de esperar seus líderes te trazerem o novo argumento.
Como eu sei de tudo isso? Tem a ver com o porque eu disse que você provavelmente estava certo lá em cima. Vou te contar um segredo, e ele não é bonito.
Cuidado. com as falsas caixas de bombons
Sabe todas aquelas metanarrativas que eu enumerei lá em cima no texto? Todas elas são mentira e caíram em descrédito. Ao mesmo tempo. E não só elas, mas todas as metanarrativas existentes. Não que todas as ideias ali contidas sejam mentira e algumas não valham a pena serem defendidas! Mas, como define Jean-François Lyotard, a nossa pós-modernidade é um período onde nos tornamos incrédulos em relação às metanarrativas.
Enquanto antes acreditávamos que nossas visões de mundo eram o espelho da vida como ela realmente era, agora nos tornamos conscientes de que é o clima atual da opinião pública que dita a viabilidade política de uma ideia, e não se ela é boa ou verdadeira. É inclusive daí que surgiu a nossa tão amada Janela de Overton.
Na prática, basta lutar para que as suas ideias sejam vistas como senso comum e, as ideias de seus adversários, impensáveis. Assim, as novas gerações crescem conhecendo só o seu ponto de vista, substituem os mais velhos, e a sociedade não te impedirá mais de propor suas políticas. Foi o que aconteceu com o embate entre as ideias de Keynes e Hayek, onde as ideias de Hayek deixaram de ser uma opção mainstream porque “somos todos keynesianos agora”.
Não é mais uma batalha para defender qual ideologia é verdadeira, mas sim para inserir a sua própria ideologia dentro de palavras utilizadas no debate público. Assim, quando as outras ideologias defendem o que sempre defenderam, estarão sem nem perceber defendendo a sua ideologia. Seria como alguém dizer que ama Alpino, mas com a palavra “Alpino” significando “os chocolates da Garoto”.
O bolsonarismo é o grupo mais consciente disso na política brasileira, descartando notícias inconvenientes para sua ideologia como meras “narrativas”, ou seja, mentiras contadas pelo adversário para implementar uma visão de mundo falsa. A esquerda também não fica para trás, difundindo diariamente e em rede nacional expressões como expressões como “o racismo é estrutural”, “aborto é questão de saúde pública”, e “não basta ser racista. É preciso ser anti-racista”.
A eleição de 2022 foi marcada por uma guerra de narrativas entre esses dois grupos, com consequências severas.
Escolha: “Democracia” ou “Liberdade”?
Os bolsonaristas conseguiram infiltrar a sua ideologia dentro do termo “liberdade”. Defender a liberdade seria, portanto, sinônimo de defender Bolsonaro. Não o fazê-lo seria permitir que o PT implementasse a ditadura comunista no Brasil, nos transformando numa Venezuela e fechando nossas igrejas como foi na Nicarágua.
Com a derrota de Bolsonaro nas urnas, muitos de seus seguidores caíram em desespero e, acreditando que a eleição foi fraudada, passaram 60 dias acampados em frente a quartéis para pedir às forças armadas que atuassem para impedir o novo governo de tomar posse. Quando isto não deu certo e Lula assumiu, invadiram e depredaram as sedes dos três poderes numa tentativa de golpe de Estado. E agora, quando o golpe fracassou e mais de 1000 apoiadores foram presos, os líderes bolsonaristas os abandonam e denunciam como infiltrados.
Os petistas, por sua vez, conseguiram infiltrar sua ideologia dentro do termo “democracia”, na qual a única forma de preservar o estado democrático de direito e impedir uma ditadura seria elegendo Lula. Assim, tudo a favor de sua ideologia se torna democrático, e tudo que for contra ela, antidemocrático.
E não estou falando aqui em segundo turno, onde escolher entre Lula e Bolsonaro (ou nulo, como no meu caso) era mera questão de opinião sobre quem era o menos pior. Antes mesmo do primeiro turno, qualquer um que ousasse votar em outra alternativa que não o PT (mesmo sendo nulo) foi acusado de ser uma ameaça à democracia. Isto chegou num ponto tão absurdo que Ciro Gomes, em sua própria sabatina para o jornal Estadão, teve de ouvir perguntas sobre porque ele ainda não havia desistido de sua candidatura e se, após ele perder, apoiaria Lula.
“Então olha que coisa curiosa: as pessoas que vieram defender a democracia, que falam que eu sou uma ameaça à democracia porque vou votar nulo, elas são as primeiras a dizer que você é um imbecil, idiota porque você pensa diferente delas. Na minha cabeça, isso é a coisa mais antidemocrática do mundo” – mensagem de Tiago Leifert em junho de 2022
E foi aí que muitos liberais caíram no erro: conseguiram reconhecer que Bolsonaro não era sinônimo de liberdade, mas caíram na mentira de que o PT era sinônimo de democracia. Diziam que o voto em Lula era um voto no Lula liberal de 2002 mesmo após ele divulgar um documento dizendo que seria Dilma 3. Que ele chamaria o Meirelles e teria responsabilidade econômica mesmo depois de ele anunciar que queria Mantega e Haddad. E agora, após Lula ter sido eleito e eles terem sido descartados junto com a ideia de frente ampla, nutrem a esperança de que Alckmin possa assumir seu lugar num possível impeachment.
No fim, o destino destes liberais é o mesmo dos militantes presos: ter de lidar com o fato de que foram manipulados a acreditar numa mentira e descartados quando não tinham mais utilidade. É isso que te espera quando você segue adotando ideologias prontas, e por isso a importância de montar seu próprio ideário ao invés de seguir líderes e repetir jargões.
Monte bem sua caixa, para depois poder saborear como ninguém
Atualmente, o conteúdo político é mais consumido por meio de vídeos do Youtube, cujas ideias já são digeridas para que você pense de certa maneira enviesada. Dentre eles, os noticiários de política satíricos com um âncora humorista, assim como as esquetes de humor político, apresentam suas críticas políticas misturadas com piadas, de forma a te condicionar a ver as ideias do seu adversário como risíveis e te ensinar quais argumentos decorar para se blindar delas. Entretanto, é parte do amadurecimento político perceber que seus oponentes não são pessoas ruins, apenas discordam de você. Será que não é você o errado?
Para descobrir, você precisa analisar de boa fé as ideologias de seus oponentes. E note! Você não precisa encontrar nada correto na ideologia oposta. O ponto aqui é ir além da caricatura ideológica e dos pontos de discussão para identificar as verdadeiras contradições, assim como encontrar os próprios erros e aprender o melhor argumento possível para difundir suas ideias em cada situação, ao invés de só repetir jargões decorados para tudo.
Analisar as nuances de questões políticas até te faz parecer meio chato. Afinal tem assuntos onde ambos os lados têm erros a serem criticados enquanto as tribos políticas só querem ver preto no branco, mas virá junto com um respeito pelas suas opiniões.
Usando os chocolates pela última vez, seria mais ou menos assim: você nunca abriu uma caixa da Nestlé mas sabe que lá tem Prestígio, e o Prestígio é ruim. Então você abriu uma, experimentou um por um, e não gostou de nenhum. No entanto, ao fazer isso você descobriu que existe o Charge, um chocolate com amendoim. E assim, quando seu amigo fã de Nestlé vier falar com você, você poderá dizer que o Talento é um chocolate com amendoim mais gostoso porque não tem caramelo. Essa crítica tão específica só foi possível porque você abriu a caixa, e será uma crítica muito mais respeitada do que “Prestígio é ruim” mesmo que nenhum dos dois mude suas opiniões. O que ele poderá fazer? Dizer que It Coco é ruim? Você não come aquela porcaria.
Tudo isso, porém, só é possível quando você analisa as ideias. Não aceite pacotes fechados! Não aceite ideologias prontas! E mais importante, não se sinta preso a defender ideias com as quais não concorda só porque são parte do seu viés ideológico. Monte seu próprio ideário, tenha certeza de que o que está dizendo realmente significa o que você pensa que significa, e que não haja nenhuma contradição em suas idéias. Se fizer isso, nunca mais terá de comer um Prestígio em toda a sua vida.
*As opiniões do autor não representam o Damas de Ferro enquanto instituição