Quem foi Adam Smith?

Quem foi Adam Smith?

“O verdadeiro valor das coisas é o esforço e o problema de as adquirir.” – Adam Smith

Nascido na Escócia, em julho de 1723, filho de advogado e funcionário público. Pouco temos de informação sobre sua infância, exceto alguns casos marcantes, como seu sequestro por por uma banda de passagem de ciganos e sobre suas visões pessoais. Tivera alguns trabalhos ao longo de sua vida: professor, preceptor, funcionário público e escritor. 

Cito estes breves pontos sobre sua escassa personalidade biografada, mas deixo a referência de um livro sobre sua biografia disponibilizado gratuitamente pelo Adam Smith Institute, aqui, em inglês. Vale a pena a leitura!

Famoso por duas obras suas:  “A teoria dos sentimentos morais” e “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações”. Ele lançou as bases do que seria o estudo econômico com seu segundo livro.

Na época em que vivia, o conceito de riqueza era diferente do que temos hoje, era medido pela quantidade de ouro e prata que um país tinha. O que nos faz pensar: quando compramos de outros países temos de pagar, e isto faz com que nossa quantidade total de dinheiro diminua. Sim, era visto como muitíssimo prejudicial importar coisas, haviam leis que proibiam pessoas de comercializarem com pessoas de outras localidade, o que hoje é visto como bobo, sem sentido. 

Em seu primeiro livro,  A teoria dos sentimentos morais, de 1759. Smith faz uma análise da moral de seu tempo e defende que a consciência surge das relações sociais. “Pretende explicar a origem da capacidade da humanidade em formar juízos morais, apesar da natural tendência dos homens ao auto-interesse. Smith propõe uma teoria da simpatia, em que o ato de imaginar-se no lugar dos outros torna as pessoas conscientes de si e da moralidade de seu comportamento”.

Já em, “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações”, é o pilar da construção da ideia de estudar ciências econômicas, além de ser extremamente influente até os dias de hoje. 

“Quando o livro, que se tornaria um estudo contra o mercantilismo, foi publicado em 1776, havia um sentimento forte contra o livre comércio, quer no Reino Unido como também nos Estados Unidos. Esse novo sentimento teria nascido das dificuldades econômicas e das privações causadas pela guerra. No entanto, ao tempo da publicação, nem toda a gente estava convencida das vantagens do livre comércio: o parlamento inglês, a oligarquia rentista local e o público em geral continuavam apegados ao mercantilismo por muitos anos”.

Debruço-me sobre A teoria dos sentimentos morais. 

Smith procura indicar o porquê de nossas ações na esfera econômica. “É sobretudo por considerarmos os sentimentos da humanidade que perseguimos a riqueza e evitamos a pobreza”, diz Smith. Estamos sempre em busca da aprovação da sociedade, ainda que ela não seja personificada fisicamente. Buscamos o aval de um ente abstrato. Não basta que sejamos bem vistos por amigos e familiares, desejamos ampliar o público, ainda que de forma inconsciente, ou às vezes de forma disfarçada – dado que uma pessoa que busca, de forma declarada, fama e glória, recebe críticas devido a sua ambição: “riqueza e honra são meros enfeites frívolos (…) Satisfazem mais efetivamente aquele amor à distinção, tão natural no homem 

Smith acreditava que os seres humanos são naturalmente empáticos e se importam com o bem-estar dos outros. Ele argumentava que, quando fazemos algo moralmente correto, experimentamos uma sensação de prazer, enquanto que quando fazemos algo moralmente errado, experimentamos uma sensação de dor. Esta ideia é conhecida como a “teoria da simpatia” e é a base da filosofia moral de Smith.

Segundo a teoria da simpatia, nós não apenas experimentamos as nossas próprias emoções, mas também somos capazes de sentir o que os outros estão sentindo. Quando vemos alguém sofrendo, por exemplo, podemos sentir empatia e nos colocarmos no lugar dessa pessoa, experimentando uma sensação de dor. Da mesma forma, quando vemos alguém feliz, podemos sentir alegria e prazer.

Smith argumentava que a empatia é fundamental para a vida em sociedade. Se não nos importássemos com o bem-estar dos outros, a sociedade seria incapaz de funcionar de forma harmoniosa. A empatia nos permite compreender as necessidades e desejos dos outros e agir em conformidade, tornando possível a cooperação e a colaboração entre os indivíduos.


*As opiniões do autor não representam a posição do Damas de Ferro enquanto instituição.

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