Politicamente correto: a ideia que os liberais estão tentando comprar

Recentemente, escrevi sobre a geração de indivíduos imprestáveis. Essa geração não apenas está inserida em um espaço e tempo que contraria todo e qualquer valor provido do esforço individual, ela também representa a força da imposição de normas e comportamentos éticos-morais na sociedade. Se você ainda não entendeu do que trataremos hoje, o assunto é o politicamente correto

O que é politicamente correto?

O termo politicamente correto surgiu no final do século XX, mas virou tendência entre os jovens posteriores à geração Z. Os famosos desta geração nasceram em um mundo tecnológico e submerso em utopias, são os disseminadores dos discursos de equidade, igualdade e que o regime da URSS não foi socialismo — pois bem, é isso mesmo que você está lendo. 

Os revolucionários ambientalistas, gramaticalistas, culturalistas ou qualquer outro termo que você prefira utilizar, são os responsáveis por tentar modificar o mundo e apresentar uma nova versão comportamental, onde tudo (ou quase tudo, você pode ser um fascista) é aceito e abraçado por eles. 

A geração do “ninguém solta a mão de ninguém” é, também, a responsável por criar ou deflagrar o cultivo e espalhar as ideias envolvendo o politicamente correto. O politicamente correto é quase como uma ideologia, talvez uma “meta ideologia” que está fora do nosso controle, como já dizia Andrew Heywood (2012). Mas, afinal, o que significa a categoria de politicamente correto? 

Conforme apresentado por alguns sites de significados relacionados a política e cidadania (sim, isso mesmo que você leu, cidadania), o politicamente correto é a defesa de um discurso ou linguagem neutralizada em prol do benefício mental e emocional de determinados grupos, coletivos e, até, indivíduos. Exemplos de discursos politicamente corretos é a defesa do consumo consciente, sendo “errado” comprar em lojas que as roupas sejam produzidas em situações duvidosas em relação às condições de trabalho. 

O politicamente correto é uma expressão usada para moldar o comportamento das pessoas de gerações passadas (ou até da geração z) sobre as transformações sociais e culturais de todas as pessoas. É uma política social constituída pela mentalidade das massas e transformada em um discurso de aceitação do diferente. São ideias surgidas com a desculpa do politicamente correto que cancelam e silenciam pessoas com ideias diferentes. 

O Coletivismo por trás do politicamente correto

Assim como todas as ideias coletivistas, o politicamente correto destrói toda autonomia de pensamento e comportamento individual, levando o indivíduo a destruição da sua individualidade, moralidade e ética em prol das suas próprias ideias. Foi através deste comportamento psicótico e social que trouxe o debate da linguagem neutra na educação básica, por exemplo, e é ele que mantém os discursos na educação superior. 

A expressão do politicamente correto na sociedade brasileira acaba cultivando o comportamento das massas coletivistas e reduzem as possibilidades de estarmos avançando com as ideias de liberdade individual e política. Manter essas ideias é fomentar as políticas coletivistas. 

O que nos deixa preocupado em relação ao politicamente correto, é saber que esse delírio coletivista está adentrando no meio onde as ideias pró-liberdade predominavam. Alguns defensores das ideias de liberdade estão comprando o politicamente correto como o discurso que trará mais pessoas para o lado da liberdade no campo de batalha, mas será mesmo? 

O preço da liberdade é a eterna vigilância

Não podemos esquecer da história e lembrar que quando se compra ideias contrárias aos seus valores, os resultados não são positivos, como aconteceu na Alemanha durante a II Guerra Mundial. Abandonar seus valores é abrir espaço para ideias totalitárias, independente de sua origem ou centralização de poder. 

Precisamos relembrar que o politicamente correto não cabe nas ideias de liberdade e que o indivíduo deve ter a liberdade de expressar o seu pensamento, mesmo que esse não seja do agrado de outros indivíduos, grupos e coletivos. A liberdade de expressão é a base da liberdade e não podemos abdicar deste valor para aumentarmos os números dos movimentos pró-liberdade.

Está na hora de sairmos dos caminhos que acabam com os valores de liberdade em prol dos números de pessoas nos movimentos, precisamos educar e demonstrar como a liberdade é positiva para todos, não nos ajoelhamos para os desejos e anseios dos coletivistas. Isso é errado, imoral, antiético e antiliberdade — está na hora de todos acordarem do sonho coletivista no movimento liberal. 


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