Premier League: um modelo da eficiência do livre mercado

Antes da era Premier League, o Campeonato Inglês atraiu diferentes visões e passou por várias transformações. É a liga nacional mais antiga e tradicional do planeta. Teve sua primeira versão oficializada em 1988, ainda com o nome de Football League First Division. No início dos anos 1990, vivenciou uma mudança que superou qualquer expectativa em relação ao seu sucesso e consequente efeito.

Início do desenvolvimento

Devido ao alto custo da implementação de recomendações do governo e a preocupação crescente com a incapacidade de atrair jogadores qualificados, se via um enorme desânimo entre os grandes clubes de futebol da Europa. O estopim disso ocorreu em 1988, quando dez equipes ameaçaram sair da Football League para conseguir tirar vantagem de receitas televisivas maiores.

Outrossim, depois desse desânimo os clubes juntamente com a Football Association (FA) começaram a se juntar para conseguirem a sua independência e a menor interferência do estado. Então foi assim, que em um documento assinado em julho de 1991, estabeleceram-se as bases para a criação da FA Premier League. A primeira edição teve sua estreia em agosto de 1992.

Afinal de contas, era uma liga completamente controlada por seus participantes, tendo apenas apoio e trabalho em conjunto com a FA – dessa, tinha independência financeira a fim de colocar em prática a intenção de simplificar o caminho do dinheiro para os cofres das agremiações. Qualquer coisa que pudesse brecar o crescimento exponencial do campeonato seria eliminada.

A chegada da Premier League ao topo

Inicialmente, conforme relatório produzido anualmente pela empresa de contabilidade Deloitte Football Money League pela primeira vez, mais da metade dos 20 melhores clubes (11 de 20) que geram maior receita no futebol mundial. vieram de um país – Inglaterra – destacando ainda mais a superioridade financeira da Premier League.

Com um Campeonato Inglês fortalecido, tanto do ponto de vista esportivo quanto do aspecto econômico, a Premier League se tornou um case de sucesso para o futebol mundial.

Em primeiro ponto, esse gráfico demonstra a porcentagem que as cinco principais ligas da Europa movimentam somente com direitos de TV, assim observando o montante que a liga inglesa estimula demonstra o quanto ela é desejada.

A Premier League é a competição que mais consegue fazer dinheiro no mundo, sendo televisionada em mais de 190 países. Com isso, os clubes ingleses são os que mais tem poder de movimentar o mercado e, consequentemente, adquirir os melhores jogadores em busca de um campeonato mais forte e mais atraente.

A era de ouro

Como de costume, o poder financeiro que um time tem em todas as janelas de transferências, os clubes de futebol buscam se reforçar cada vez mais, é de praxe que muitos os times gastem mais do que os outros nesse quesito. 

Porém, em 2023 os gastos da Premier League mostra ser a futura superliga mundial, sendo uma liga que atrai os melhores jogadores do futebol mundial, e o maior investimento estrangeiro no futebol. 

Além disso, como demonstra a janela de transferência de janeiro, os clubes da Premier League, a primeira divisão do Campeonato Inglês, gastaram um recorde de 815 milhões de libras (1 bilhão de dólares) na janela.

A importância de afastar a regulamentação do estado

Se analisarmos o início dessa ascensão dessa competição futebolística percebemos que somente começou devido aos times afastarem o estado, e introduzir a sua própria regulação na competição, através do acordo entre os membros da liga, e assim, fazer a competitividade atrair os melhores investidores.

Portanto, diante das argumentações feitas podemos concluir que a maior lição deixada é a percepção de que assim como no futebol, poderíamos ter um crescimento na economia se o mercado não fosse obstruído por regulamentações que impedissem a livre iniciativa de cada cidadão, por privilégios concedidos pelo estado aos seus empresários favoritos, por impostos que desestimulam o empreendedorismo, pela burocracia, e por todos os tipos de subsídios e tarifas protecionistas.


Igor Lopes

*As opiniões do autor não representam a posição do Damas de Ferro enquanto instituição.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *